Run2improve - Um projecto de treino para todos
Em Dezembro de 2013, Julio Ferreira associou-se aos primeiros passos do projecto run4excellence e foi o primeiro praticante, apesar do projecto conforme o conhecemos hoje, ainda ser uma miragem. Rafael Oliveira, Ana Reis e Mário Carreira foram os que vieram a seguir. Nascia aos poucos o projecto run4excellence que pretendia basicamente prestar serviços de apoio técnico na corrida com a máxima qualidade possível e com isso gerar receitas para apoiar um conjunto de atletas de élite. Graças a este projecto, já muitos corredores recreativos ganharam outra qualidade nos seus treinos e até qualidade de vida. Entretanto os atletas de élite que encontram no projecto run4excellence o necessário enquadramento técnico para os seus treinos, foram usufruindo de apoios adicionais que foram permitindo entre outras coisas uma participação competitiva internacional que de outra forma lhes estaria vedada ou pelo menos muito dificultada. Os apoios foram crescendo e deste projecto nasceu também o Performance Project, que envolve neste momento um conjunto de empresas e de pessoas que se revêem no projecto e que financiam de forma mais vincada a actividade desportiva de corredores não enquadrados formalmente num clube. São o caso dos atletas Nuno Lopes e Miguel Borges.
O projecto run2improve, passou a ser muito mais do que um serviço de apoio técnico. Passou a ser um grupo de amigos, uma nova família capaz de gerar momentos de enorme interação e apoio. Para Marisa Vieira, técnica do projecto run4excellence, “o projecto run2improve é uma família de pessoas que se preocupam umas com as outras, que se motivam e se unem em torno de objectivos comuns. E nem sempre esses objetivos se associam à melhoria de marcas ou resultados. As relações de grupo, são muito focadas no bem estar de cada um e no que cada um de nós pode dar ao colega de treino, pelo que há muito se ultrapassou a questão do resultado desportivo”.
A verdade é que os resultados vão acontecendo, em todo o tipo de eventos de corrida desde o trail, à Maratona e em todas as idades. Mário Carreira é não só um dos primeiros atletas que se envolveu com este projecto, como passou também a ser também um exemplo de sucesso, com resultados que o tornam um caso sério aos 50 anos de idade, quando ainda no ano passado fez 2:30.41 na Maratona de Valência. Perguntámos por isso a Marisa Vieira (responsável pelo treino deste corredor), como surgem estes resultados: “resultados deste tipo são consequência do rigor e disciplina de treino que estes corredores têm. Seguimos um modelo de trabalho muito específico e desenhado de forma individual para que cada um possa ter os melhores resultados possíveis com o seu treino. Os que forem mais rigorosos no cumprimento das nossas indicações e se envolvam com o nosso programa de trabalho mais avançado, terão naturalmente o retorno desse investimento pessoal no seu treino. Isto claro para além das aptidões naturais de cada um à partida.”
Quando perguntámos o que se perspectiva para o futuro deste projecto, o foco parece dirigir-se para uma individualização crescente do processo de treino, para o qual o projecto necessitará de alguns investimentos em materiais de avaliação que permitam para cada praticante a definição de um perfil individual cada vez mais preciso e pormenorizado, para que a individualização seja cada vez mais detalhada. Marisa Vieira, refere que “neste momento já desenvolvemos avaliações muito importantes para a definição de intensidade de treino, mas queremos ir mais longe e estarmos dotados de outro tipo de ferramentas que nos permitam desenvolver avaliações que nos dêem dados ainda mais completos.”
Tivemos oportunidade de assistir a algumas destas sessões de treino e ficámos com vontade de nos envolvermos. De facto o trabalho parece simples, mas percebemos facilmente pelas expressões dos praticantes e pelo seu foco que em cada sessão de treino existe um empenho particularmente elevado. A diversidade de estímulos e a qualidade do trabalho é visível e a motivação parece não faltar nestas sessões de treino.
Falámos com alguns praticantes e não resistimos a partilhar o testemunho de um dos praticantes mais recentes: “Passadas duas semanas de ter integrado no projecto, vivi um dia memorável. Ao fim de quase um ano consegui correr sem dores. Mais do que correr a uma média de 4.25, foi a facilidade com que fiz alguns kms a 4:00, 4:05, que me deixaram estupefacto. Passei a conseguir correr confortável, sem dores e com passada larga.” Esta parece ser também uma das preocupações chave de todo o projecto, ou seja, de fazer com que cada corredor desenvolva a sua prática com a menor incidência possível de lesões e com intervenções ao nível do treino muscular que lhes permita uma prática mais segura e mais gratificante. Não será por isso de estranhar que outro praticantes nos tenha dito “mais do que correr mais rápido na Maratona o que mais me tem surpreendido é correr a Maratona e terminar de forma muito mais confortável do que alguma vez tinha conseguido antes”.
Um projecto que merece a atenção de todos os amantes da corrida e que podem conhecer melhor no site do projecto run4excellence: http://www.run4excellence.com/run2improve